Jorge ama a Floresta Amazônica. Ele passou a vida toda pesquisando e agora, pela primeira vez, conseguiu comprar uma passagem para vê-la pessoalmente. Ele está com tudo pronto: roupas leves, saco de dormir, repelente, câmera e até um lanchinho, caso ele não se acostume à culinária local.

Chegando em Manaus, ele decide conhecer a floresta do melhor jeito: viajando pelo Rio Amazonas, claro. Infelizmente, ele só tem alguns dias para atravessar o rio inteirinho. Qual o melhor jeito do Jorge viajar?

Ele pode arrumar uma canoa e remar até a Venezuela.

Ele pode arrumar uma lancha, que o ajudaria a chegar mais longe, mais rápido. E mais, ele ficaria com os braços livres para tirar fotos de tudo.

Ter uma startup é como viajar no Rio Amazonas. O Jorge pode ir devagar, de canoa, mas para chegar mais longe, mais rápido, seria muito melhor ir de lancha. No mundo dos negócios, investimento seria o motor da lancha para atravessar o rio.

Navegue, Jorge!

O investimento faz sua startup ir mais longe, mais rápido. Ajuda sua empresa a começar a dar frutos.

Porém, achar investimento é bem mais difícil que alugar uma lancha. Você tem que saber onde procurar. Para isso, tente se envolver no ecossistema empreendedor ao seu redor e descobrir como outras pessoas fazem para arrumar dinheiro.

Um bom começo é usar o Google ou as redes sociais para procurar eventos ou grupos online. Também dá para procurar sites e blogs especializados, tipo o Endeavor, para achar eventos interessantes.

Vá aos eventos ou conferências que você achou na internet ou na universidade para encontrar gente que pense como você. Vocês vão poder trocar experiências, se estimular e talvez alguém até te indique possibilidades de financiamento.

Mas a internet é um buraco sem fundo e você nunca sabe o que vai encontrar. Talvez até editais públicos, para financiar sua startup, ou programas de inovação, que podem te dar dinheiro ou treinamento

Fique atento! O investimento vem de algum lugar e, independente de quem te deu dinheiro, é capaz dele querer receber algo em troca. Um programa do governo, por exemplo, pode pedir para pôr o nome na propriedade intelectual. Um investidor pode querer parte do seu lucro. Isso é chamado de participação.

Existem editais e programas do governo que podem te dar dinheiro para começar ou dar continuidade a algum projeto. Mas pode ser necessário entregar um projeto escrito e competir com outras startups.

É legal devolver alguma coisa pra comunidade, já que o Estado está pagando pela sua startup. Por isso, eles podem pedir um demonstrativo financeiro de como você usou o dinheiro público.

Você também pode ir atrás de empresas especializadas tipo incubadoras universitárias e aceleradoras. Elas também são ótimas para conhecer a comunidade de startups.

Essas são ideias para quem tá começando. Podem te ajudar com capital inicial para dar um pontapé na empresa ou para montar um protótipo.

Incubadoras e aceleradoras podem até ajudar com mentoria e aconselhamento. Mas elas podem querer parte da propriedade intelectual do que você estiver criando.

Outra opção são investidores e investidores anjos. Os dois te dão dinheiro, mas tem mais diferenças do que só terem caído do céu.

Investidores normais deixam você tocar seu negócio sozinho. Mais um investidor anjo te ajuda com mentoria e pode te apresentar para gente importante na sua rede de contatos profissionais.

Os dois são pessoas físicas que vão querer parte do seu lucro. Eles se comportam como acionistas, o que significa que você vai ter que dar uma parte dos seus lucros para quem investiu na sua empresa.

Também existe o financiamento coletivo, que significa que você faz uma campanha na internet e levanta dinheiro de várias pessoas que acreditam no seu produto. Financiamento coletivo funciona melhor para quem já tem um protótipo que funciona ou já é experiente e quer criar coisas novas.

Há várias plataformas de financiamento coletivo por aí, como a Benfeitoria, Catarse e Kickante. Também dá pra usar financiamento coletivo para investidores, tipo o Start Me Up e o Broota.

Antes de sair pedindo dinheiro, é legal preparar sua startup. É tipo um motor de barco: não adianta sair por aí carregando nas costas se você não tiver onde ligar.

Primeiro, tem certeza que seu produto ou serviço funciona de verdade? Você tem experiência na área? A não ser que esteja procurando capital inicial, você já montou seu protótipo e ele funcionou corretamente?

Depois, faça um plano de negócios. Coloque todas as informações essenciais da startup. Qual é o produto ou serviço? Quem é a concorrência? Como você vai montar o que criou? Como vai vender? Quem é a equipe?

Também é vital fazer uma projeção financeira. Pegue a calculadora e veja quanto dinheiro vai precisar por um ano. Inclua custos como pagar salários, alugar espaços e pagar contas. Também calcule quanto tempo e quantas vendas vai precisar fazer até finalmente conseguir lucrar. Faça projeções mensais e trimestrais, dependendo das tendências do mercado.

Por último, planeje o que vai fazer com todo esse dinheiro. Por exemplo, investir em divulgação, para vender mais, ou em tecnologia, para ser mais eficiente e reduzir custos operacionais.

Continue procurando, mesmo depois de achar um possível investidor. Ele pode levar um tempo para responder ou até mudar de ideia. Tente achar várias opções e escolher aquele que oferecer as melhores condições.

Aí você se financiou. O trabalho acabou? Claro que não - o trabalho de uma startup nunca acaba. Possivelmente, agora você precisará de um advogado. Procure advogados especializados em startups. Eles geralmente custam menos e ajudam a escrever um contrato justo, bom para a startup e paro o investidor.

Se financiar pode dar um trabalhão, então não desista na primeira vez que alguém recusar. Vamos ver se você está pronto para achar um investidor:

Tem certeza que seu produto/serviço funciona?

Você tem um plano de negócios?

Sua startup tem planejamento financeiro?

Você sabe como vai usar o dinheiro?

Você sabe o tipo de investimento que pode procurar?



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